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O JORNAL
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Um
Relatório Especial O Jornal Missionário retornará na edição da próxima semana.
Todo mundo está nos perguntando sobre as notícias e fotografias de nossa visita de 8 dias ao Quênia e à Uganda há duas semanas atrás, então aqui estão. O Quênia e a Uganda que visitamos foram intencionalmente muito diferentes das imagens turísticas com que todos estão familiarizados.
No Quênia nós visitamos a Escola de Missões EAPTC dirigida pelos missionários coreanos Paul e Eunice Lee. Quando Paul Lee veio a Nairobi há 10 anos atrás, ele abriu uma Escola Bíblica tradicional que embora fosse boa, não alcançou os resultados esperados em termos de que muitos formandos continuassem a plantar novas igrejas e se empenhar com a missão trans-cultural.
Então, há cinco anos atrás, Paul mudou o tipo de discipulado para o baseado na Escola de Missões DCI deste website. Desde então seus formandos abriram mais de 60 novas igrejas, muitas com suas próprias Escolas de Missões no Quênia, mais de 40 na Uganda e outras em Burquina Faso, Malavi e Sudão, alguns dos quais já estão abrindo ainda mais igrejas e Escolas-mães, filhas e netas, oriundas das suas próprias. Alguém disse que a Escola de Missão no Quênia é igual a Alfa no Reino Unido. A Escola de Missão em Malavi acabou de ter sua primeira formatura e um dos alunos já está em vias de iniciar o treinamento em Botsuana. Veja a história completa aqui e leia como este crescimento notável aconteceu, porque você poderia ver o mesmo ocorrendo em seu país e por seu intermédio.
LLes e Pilar com um
pastor que vive e trabalha na maior favela da África Ocidental. Nós também passamos um tempo com pastores das favelas de Kibera e Kawangware onde milhões das pessoas pobres vivem, um lugar onde o crime e as seitas florescem , mas onde os formandos da EAPTC irão viver para abrir novas igrejas, escolas e treinamento de Escola de Missões e realizar atos incontáveis de generosidade para com os pobres em nome de Jesus. Curiosamente, as favelas são limitadas por avenidas de belas casas com muros altos bloqueando qualquer visão das pessoas faveladas. A vida de um lado do muro é um encanto tropical, porém a vida do outro lado é muito imprevisível e acaba prematuramente para muitos.
Uma escola da igreja na
favela, lotada, sem materiais e em uma pequenina choupana
emprestada. De acordo com a pesquisa de Paul Lee as três grandes necessidades no Quênia são: treinamento de oração, porque possivelmente duas de cada três igrejas nas vastas favelas são seitas ou aproveitam-se dos pobres; depois o ministério de crianças porque milhares de crianças estão completamente abandonadas; e finalmente a necessidade de livros cristãos a serem enviados porque há uma enorme falta de livros. Realmente, muitas pessoas nos pediram livros. Veja nesta página como enviar alguns daqueles livros de suas estantes. Uganda é o lugar da nascente do Rio Nilo e já foi conhecida como a pérola da África, mas encontra-se agora em um caminho longo e lento para a recuperação, depois de décadas de guerras, uma das quais ainda continua e foi descrita pela ONU como o pior desastre humanitário no mundo que nunca aparece nas manchetes. A AIDS também dizimou uma geração inteira.
Nosso parceiro desde
1996, Pastor George Purkweri e Bispo Tom Okello Nos anos 90 visitamos o perigoso norte da Uganda por várias vezes, onde nossa filha que naquele tempo estava com 8 anos, contraiu malária. E foi para Lira e para os nossos amigos que lá estão que retornamos, tendo trabalhado juntos continuamente à distância durante este tempo. As conversas continuaram como se somente dez dias tivessem se passado. . .
Com nosso encorajamento ao longo dos anos George deixou de contar com o apoio do Ocidente e ao invés disso ele cria galinhas, cultiva cogumelos e até vende gatos. Ele emprega senhoras que operam máquinas de tricô e de costura e treina órfãos de guerra e da AIDS na Bíblia, na costura, na construção e na carpintaria. Sua esposa dirige um tele-centro de um único computador PC e quando construíram sua casa, fizeram quartos extras para alugar. George tem distribuído aos pobres, impecavelmente, as ofertas de milhares de libras dos mantenedores e leitores do DCI ao longo dos anos e trabalha incansavelmente, ensinando, orando e cuidando. Em Lira ele ficou conhecido como o pastor dos pobres.
O bispo Tom foi sentenciado à morte por Idi Amin em seu reinado de terror nos anos 60, mas depois que o Senhor reduziu visivelmente a velocidade das balas e as desviou por algumas vezes, os soldados fugiram de medo. Desde então Tom tem servido como o líder das igrejas Elim na Uganda e logo se aposentará. Sua missão da ANCC tem uma Escola Bíblica na selva que ajudamos a abrir e uma clínica, eles perfuram poços de água e Tom ensina centenas de jovens pastores em seminários nacionais duas vezes ao ano.
Lira nunca foi uma pequena cidade próspera e o medo sempre espreitou as margens de cada rua à noite, mas aos domingos, as ruas se tornaram rios de homens e mulheres indo à igreja. Dois anos atrás em um tempo de insurreição particularmente violenta uns 30.000 refugiados chegaram todos de uma vez em Lira, em busca de proteção militar por terem sofrido naquele mês, o massacre de muitos de seus homens e famílias sem qualquer aviso. Lira nunca mais foi a mesma.
Os refugiados ainda estão lá em 17 acampamentos, situados em muitos casos nas terras ao redor das igrejas, e 1.865 pessoas vivem do lado de fora da Escola Bíblica de Tom. Todas as pessoas estão visivelmente com frio, famintas, sujas, maltrapilhas e doentes e somente podem assistir os caminhões de ajuda da ONU seguirem a caminho de lugares ainda piores ao norte mais distante.
Estes são os homens e mulheres que até recentemente tiveram boas casas nas aldeias, terras, salários e famílias. Agora as meninas de 13 a 15 anos de idade se vendem em bares, voluntariamente, porém aos prantos, a fim de enviar algumas poucas moedas para seus bebês, para os idosos ou pais sobreviventes que estão em casa, de corações partidos e que foram certamente contaminados por HIV na primeira semana. As barracas estão rasgadas e as casas de barro são cobertas com palha, lixo, sacolas plásticas, de fato com qualquer coisa, nenhuma das quais ajuda quando chove torrencialmente, como ocorreu quando nós estávamos lá.
Um fardo desempacotado,
senhoras formam fila com esperança, as crianças têm prioridade para
roupas quentes. Conseguimos comprar três fardos de roupas usadas por £63/$100, cada fardo contendo por volta de 280 itens. Infelizmente as outras 29.000 pessoas ainda estão aguardando. Quando estávamos para partir, levantamos entre nós, um adicional de £200/$300 que foi o suficiente para fornecer uma refeição de farinha de milho e feijões para todas as 1.865 pessoas no acampamento da Escola Bíblica e tentamos não pensar sobre os outros acampamentos. Não me diga que as Nações Unidas, ou os Estados Unidos ou o Reino Unido não podem encontrar £200 para comprar comida para o dia seguinte. Porém os caminhões seguem seu caminho. . .
Os formandos dos campos e a Escola Bíblica com 1865 refugiados no terreno em frente. Em uma nota mais alegre, nós conseguimos incrivelmente diplomar e orar por 19 homens dos acampamentos que, nas circunstâncias mais adversas imagináveis, concluíram corretamente um curso universitário completo e reconhecido de treinamento na Escola Bíblica, e se qualificaram para serem os muito necessários pastores nos acampamentos dos ainda traumatizados refugiados. Incrível, mas verdadeiro! E mais além, pela estrada abaixo as notícias foram muito melhores. Era uma vez quando nós tínhamos bancos para os pobres em três aldeias, mas dois dos programas foram eliminados há alguns anos atrás quando muitas pessoas perderam suas vidas em uma única noite. Contudo a aldeia de Aduku não tinha sido tocada pela violência. Nos idos de 2003, fornecemos um fundo de capital inicial de 500.000 Xelins ugandenses, que equivale a mais ou menos £160 ou $200, para um grupo comunitário local que trabalha em benefício de viúvas e órfãos e fomos ver o que aconteceu.
Nós fomos para Aduku e encontramos uma passeata de viúvas jovens e mais velhas, que nos contaram como suas famílias prosperaram e como suas crianças foram à escola por causa dos empréstimos. O líder nos mostrou, por meio de seus livros, como nenhum dos micro-negócios fracassou, e que o capital original agora cresceu para 2.500.000 xelins através de doações e dos 2% de juros dos empréstimos. Nós conseguimos deixar outras £300/$450, que equivale a 1.000.000 de xelins para aumentar o capital. A história completa e bastante agradável está aqui. Não tivemos nenhum tempo para visitar a nova igreja na Aldeia de Loro, veja o projeto de cabras deles ou fale com os novos crentes que George ganhou para Jesus através de palavras e atos de compaixão. Bem cedo, todos nós tivemos que começar a jornada de 29 horas para casa, para um mundo diferente, mas nossos corações estão ainda movidos diariamente pelo anseio espiritual por Cristo e pela palavra do Deus no Quênia, e pelas oportunidades para demonstrar o amor de Cristo para os pobres em Lira, Uganda. Nesta fase, a única coisa que sabemos é que nunca voltaremos a ser os mesmos e fazer as mesmas coisas que fazíamos antes da viagem. Todas as coisas muito boas que nós vimos e todas as muito, muito ruins cuidarão disto. Somente nesta semana uma igreja na favela em Kampala, Uganda, igual àquelas em que estivemos, desmoronou durante o culto sob uma chuva pesada, matando 27 pessoas e ferindo outras 100. Não havia eletricidade no momento e eles não podiam sequer encontrar os feridos sob a chuva e escuridão. Veja a reportagem da BBC e as fotografias. Nós sentimos muito mesmo.
Nossa filha Lizzie, agora com 17 anos, escreve,
"Em fevereiro fui com meus pais e minha prima ao Quênia e Uganda por 10 dias. Mesmo sabendo que não seriam umas férias relaxantes, não estou certa de que estaria completamente preparada para tudo que eu iria ver. Primeiramente, fomos levados para uma favela em Nairobi que é a maior na África Oriental. Embora eu tenha aprendido sobre favelas em lições de geografia, nada nos prepara o bastante para essa realidade. Uma lição em uma sala de aula não nos prepara para sentirmos o cheiro predominante de uma cidade pequena construída sobre uma lixeira, ou sentirmos o cheiro do esgoto correndo nas ruas a céu aberto, se pudermos chamar aquilo de ruas. Uma lição em uma sala de aula não permite que passemos pela experiência de ter todos os olhos voltados sobre nós, já que as pessoas brancas raramente entram em tal lugar. Uma lição em uma sala de aula também não nos permitirá olharmos fixamente a pobreza nos olhos, até quando visitar um campo de refugiados ugandenses, onde as pessoas não têm verdadeiramente nada além de seus nomes, somente cabanas temporárias de barro, feitas à mão, onde se abrigam e que imediatamente ficam inúteis quando chove. A África oferece um monte de lições a serem aprendidas, muitas das quais não se aprende quando estamos restritos às quatro paredes de uma sala de aula".
Lizzie, 17 anos, agora uma palestrante veterana em seminários e igrejas na África.
Nossa sobrinha Débora de Barcelona, Espanha escreve,
"Em Uganda, visitamos alguns projetos de micro-negócios para viúvas, e pude ver como uma cabra de £8 pode mudar a vida de um órfão ao fornecer leite, fertilizante e filhotes, que quando são vendidos pagam as mensalidades escolares e dão esperança para o futuro. Essas viúvas e órfãos estão verdadeiramente abandonados, não têm nada e nem ninguém. Ao presenciar sua situação, entendi pela primeira vez por que a Bíblia repete o mandamento vez após vez, para cuidarmos das viúvas e dos órfãos. Fomos a vários acampamentos de refugiados. Uganda passa por uma guerra civil cruel e não desejada, onde não se tem nenhuma idéia de quem é o inimigo, até que uma noite seu vizinho vem e mata sua família inteira. Milhares de pessoas tiveram que abandonar suas terras e casas para buscar por segurança próximo aos soldados. Em Lira, estas pessoas vivem em pior forma do que os animais, nas terras que lhes foram emprestadas até que a guerra termine. A Escola Bíblica também é utilizada para dar algumas lições às crianças, mas elas estão vestidas com trapos imundos em suas costas, com estômagos inchados e grandes hérnias umbilicais distendidas. Estas crianças pobres estão cheias de doenças, verdadeiramente em uma condição horrível. Pelo menos pudemos comprar algumas roupas para algumas delas e deixamos dinheiro para alimentar o acampamento por um dia. A verdade é que depois de estar nos acampamentos, eu estou tendo dificuldades para comer. As pessoas em Lira cuidaram muito bem de nós e tivemos comida de sobra. Acima de tudo sinto-me tão agradecida a Deus e mesmo não sabendo por que nasci deste lado do muro, sei que tudo o que Deus nos dá, deve ser compartilhado e não estocado para nosso uso, e que por intermédio de pessoas como nós, Deus dá aos outros."
Debora Rubira
O que vocês podem fazer?
A beleza e a simplicidade da oração levam Deus a fazer coisas extraordinárias que nunca poderíamos fazer por nós mesmos. Assim o tempo em oração é sempre bem gasto.
Você pode enviar livros ao Quênia, na verdade eles não pediram por mais nada. Veja de que forma aquí
Se desejar, você pode enviar dinheiro, que é o amor em formato de fácil transferência, através de nossa própria instituição de caridade / ONG, e nós nos certificaremos de que cada centavo será gasto com os pobres em Lira sem quaisquer tipos de deduções. De £150 a £500 darão início a um projeto do Banco para os Pobres que transformará uma comunidade pequena. Com £8 se compra uma cabra, com £200 se compra uma vaca, roupas para 750 pessoas ou uma refeição para 1865 pessoas pobres por um dia. Você decide, nós iremos por você. Ou você pode apoiar nosso trabalho em geral e deixar-nos decidir qual é a melhor oportunidade para nos envolvermos.
É
muito difícil comprimir em
alguns pequenos parágrafos, as visões, sons e cheiros de oito dias intensivos,
mas fizemos o melhor possível, deixando muito por dizer e por mostrar, mas
crendo que um mundo previamente desconhecido e distante acabou de ser aberto
para você, um mundo de pessoas pelo qual Cristo morreu e se importa
apaixonadamente. Por que Deus permite tudo isso? A pergunta jamais ocorreu aos
povos quenianos e ugandenses. Eles vêem as coisas muito mais em branco e preto. Eles
dizem que o diabo é totalmente ruim e é o autor de todo esse sofrimento, mas Deus é totalmente
bom e que Ele lutou por suas vidas, que os guardou para este dia e deu-lhes
esperança para um futuro melhor. Depois que passamos com eles algumas horas em
louvor e oração nós ficamos convencidos. Talvez você queira juntar-se a nós
para sermos as mãos e o coração que Jesus usa.
Edições precedentes
Uma organização mundiais em prol dos perdidos, Quem
somos nós ? Precisamos
apoiar um mundo de leitores para que possamos apoiar as missões para os perdidos, os ultimos e marginalizados deste mundo.
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