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Missão a Guatemala e EUA

26 de março de 2003

Miguel Diez e Maria Jimenez Diez de Remar Internacional Espanha.






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Saímos de Madrid para a Guatemala pela Ibéria dando a nós mesmos uma folga de algumas horas sobre as notícias contínuas da Guerra do Iraque. Graças ao Manuel, nosso amigo funcionário da Ibéria, nossa jornada foi para minha surpresa confortável e prazerosa. Sabemos ter falta e abundancia em todos esses anos, em ambas as circunstâncias seguimos em frente com alegria e espírito de sacrifício, pois não há dúvida que quando seu corpo está cansado, aí que você de fato aprecia certos confortos e dá graças por eles.

A conferência por nosso trabalho na Guatemala foi uma benção pois mais uma vez pudemos ver como o Senhor tão maravilhosamente tem trabalhado por nós. As crianças de rua estão sendo cuidadas, alcançando diplomas acadêmicos e algumas das mais velhas estão se preparando para serem professores nos mesmos colégios que o Senhor nos deu para que elas recebessem sua educação formal no início Alguns anos atrás quando começamos a tirar as crianças das ruas logo percebemos que um de nossos maiores problemas era com a educaçãodelas.  As escolas públicas seriam o pior ambiente para elas pois voltariam rapidamente para a atmosfera da rua e mais cedo ou mais tarde todo trabalho duro feito por nós estava desfeito.

A próxima coisa que fizemos foi procurar escolas Cristãs que haviam sido abertas para as classes mais altas da Guatemala : os ricos, e embora no início essas escolas nos oferecessem algum desconto, não demorou muito elas começaram a temer por sua reputação pois não pegava muito bem ter nossas crianças de rua sentadas juntas com crianças dos mais privilegiados membros da sociedade. Assim para proteger seus bons nomes todas as escolas finalmente nos pediram para remover nossas crianças.

Agora depois de alguns anos podemos agradecer a Deus por aquela situação, pois nos forçou a abrir nossas próprias escolas e colégios.O Senhor nos mostrou o caminho para a primeira escola que atualmente está educando 400 crianças, algumas das famílias de nossos próprios alunos e outras de famílias muito pobres. A segunda escola está agora em operação para a próxima faixa etária e tem o reconhecimento governamental por seu ensino.

É interessante ver como as crianças de outras classes sociais começam a se matricular em nossas escolas porque seus pais já reconhecem o alto nível de nosso ensino, percebendo o bom exemplo de todos os alunos e sua moralidade exemplar. De vez em quando, nós vemos algumas coisas curiosas e estranhas na obra de Deus, uma delas é que muitas daquelas escolas bem financiadas e maravilhosamente equipadas para a elite da nação que tanto temiam perder reputação por receber crianças pobres e fracas, já de fato fecharam suas portas. Muitas delas caíram como folhas secas e maduras de uma árvore no Outono, caindo aos poucos até que alguém percebeu que já não havia mais vida.

Ver a história se desenrolando debaixo das mãos de Deus, Aquele quem a escreve em primeiro lugar, produziu um temor respeitoso em nós e nos faz orar assim: "Senhor guarde nossos corações para que ele nunca se enrede pelo amor desse mundo, nunca nos deixe esquecer de onde Tu nos tiraste e quando tu nos honrares e nos der prosperidade não nos deixe esquecer que Tu nos deste a vida e sem Ti estaremos mortos" Como vemos em Provérbios: Aquele que dá aos pobres não verá a pobreza mas aquele que vira as costas para eles conhecerá muitas maldições ".

Logo que chegamos na Guatemala fomos direto para as reuniões com empresários locais e amigos de nosso ministério para podermos conversar sobre a pregação do evangelho entre os pobres, aqueles que Deus enriqueceu por dentro. Já percebemos que aqueles que são enriquecidos neles mesmos, Deus os deixa na pobreza material.

No primeiro dia de nossa conferencia Miguel compartilhou em Apocalipse 1:6 sobre nossa chamada para sermos reis e sacerdotes, chamados para reinar com Ele, e se sofrermos com Ele, reinaremos com Ele assim de fato reinaremos com Ele. Se algum dia você for a Israel os guias o levarão a um lugar onde Jesus foi feito prisioneiro antes de seu julgamento. O lugar em si tem piso de mármore e há algumas inscrições impressas na cerâmica que permaneceram até nossos dias. Anos atrás, essas marcas foram usadas para um tipo de jogo chamado palhaço do Rei.

Os soldados jogavam dados e se você perdesse, eles o vestiriam como um rei e zombariam de você, exatamente como fizeram com Jesus. Eles teriam um fogo pra te aquecer não muito distante um espinheiro, típico do lugar, pronto para ser queimado. Para eles, que melhor coroa não poderia ser feita para alguém que se declarou Rei . Eles teriam pegado alguns espinhos e fariam uma espécie de círculo capaz de caber na cabeça de Cristo assim Ele foi coroado. Jesus foi de fato um rei sofredor que carregou sobre si mesmo todas as contradições desse mundo sem Deus. Ele era um rei sofredor que carregou sobre seu próprio corpo toda a injustiça e impiedade e como Cordeiro foi conduzido ao matadouro, Aquele que não disse uma palavra confrontando todo o ridículo e hipocrisia.

A primeira coroa desse rei terá na verdade de ser a nossa coroa se queremos reinar com Ele, mas será uma coroa de espinhos que entra em nossa própria carne que nos faz partilhar da dor e sofrimento de nossos semelhantes, homens e mulheres, enquanto nos identificamos com as necessidades e sofrimentos daqueles que sofrem. É verdade que não queremos mesmo uma coroa de espinhos, na verdade quem quereria uma?, não obstante, é necessário render nossa vontade e alinha-la com a vontade de Deus e pedir a Ele por sua graça porque em nossa própria natureza nós não temos nenhum desejo pela dor. No entanto sem esse sofrimento podemos facilmente perder a perspectiva correta e nossas almas tornarem-se vazias e o amor pelos outros morrer.

Durante as campanhas que temos conduzido na Guatemala uma delas foi em frente à Velha Catedral, exatamente onde os jovens passam grande tempo cheirando cola. Depois de pregarmos e apresentarmos um pequeno concerto musical e uma peça havia uma fila que enchiam os micro ônibus enquanto os jovens entraram na fila para pedir acomodações em nossos centros de reabilitação e lares. Alguns deles já haviam passado algum tempo com o Remar em situações anteriores antes de sair mas quando ouviram o evangelho sendo pregado de novo os corações foram tocados para voltarem para Deus.

Ainda outros vieram de bairros onde viviam experiências terríveis, juntando-se a gangs de rua que armadas saiam para roubar, estuprar, e praticar todo tipo de ritual satânico. As pessoas simples que viveram anos e anos sob a ameaça dessas gangs de crianças de rua resolveram fazer justiça com as próprias mãos e logo que encontram um componente dessas gangues, eles se lançam sobre ele e o matam. Depois de terminarmos as reuniões da noite nós saímos nas ruas da parte velha da cidade, não a pé mas em nossos carros, e embora já tivéssemos recolhido tantas pessoas carentes ainda nos sentíamos tão impotentes diante da imensa tarefa que ainda estava diante de nós. Uma imagem em particular está fixada em minha mente para sempre, é a de uma jovem mãe que estava sentada no chão com duas criancinhas pequenas dormindo ao seu lado enquanto ela de mão estendida pedindo por dinheiro.

As criancinhas estavam cobertas com um trapo de tecido pois estava esfriando naquela noite. Na grande intensidade do transito foi impossível para nós pararmos e ela apenas ficou em nossa memória. Um pouco mais tarde cruzamos com um jovem se preparando para dormir na rua como vi claramente quando seus olhos cruzaram com os meus não pude evitar em pensar em meu próprio filho de alguma forma dormindo num lugar como aquele. Não obstante, senti uma dor aguda só de pensar naquela possibilidade. Minha reação natural é guardar meu coração com uma armadura ao invés de entrar num processo de sofrimento inútil, achar algumas desculpas e permitir que o amor se dissipe. Sim dessa forma, posso evitar a dor, dessa forma posso passa para o outro lado, dessa forma posso achar uma desculpa e deve ser uma muito boa pois fazemos o que podemos fazer e ainda há muito mal, injustiça e sofrimento.

Mas com todas as desculpas não consigo apagar de minha mente aquela mulher e seus filhinhos ou aquele jovem de olhos tão claros e rosto aberto. Confrontando minha fraqueza e minha inutilidade tudo que posso fazer é levantar meus olhos bem altos e pedir a Deus pelo seu perdão por todo o mal que homens fazem, e pedir Sua ajuda, dizendo para Ele que eu quero ser contado com aqueles que estão prontos para usar sua coroa de espinhos. Quero ser um daqueles que estão desejosos de sofrer com aqueles que sofrem e ser um daqueles que se esforçam com todas as minhas forças espirituais, materiais e humanas para aliviar um pouco toda aquela dor. Quero ser um daqueles que carregam as boas Novas, aquele que proclama a Liberdade aos cativos e liberdade aos prisioneiros, um daqueles que poderiam dar comidas aos cativos e roupas aos que vivem em trapos, em outras palavras quero ser um daqueles com quem Jesus caminha e traz seu Reino de amor e Justiça.

A ultima parte de nossa jornada a Guatemala foi profundamente impressionante. Fomos a um centro de correção de Menores em Pinula que é inteiramente dirigido por jovens de nosso trabalho na Remar, alguns são espanhóis outros Portugueses e alguns da América Central e juntos eles coordenam 120 adolescentes que foram trazidos pela polícia e pelos tribunais pagando pelos seus inúmeros delitos, como delinqüência, assaltos, seqüestros, estupros e assassinatos. Na verdade durante nossas reuniões eu tive a oportunidade de conversar com um jovem proveniente dessas áreas proibidas, ele gastou pouco tempo para me passar à imagem do que significa morar na rua e naquele tipo de vida.

Por exemplo, uma das condições para se fazer parte de uma gang era ter matado alguém. Violência, assaltos, estupros e todo tipo de implicação satânica não são mais que o pão de cada dia para essas pessoas. Chegando ao Centro Correcional de Menor cheio de jovens das áreas proibidas você pode imaginar minha surpresa ao chegar na sala de reuniões e encontra-los todos cantando para o senhor e mais tarde ouvindo com total respeito e silencio a mensagem que Miguel trouxe para eles. No final ele fez um apelo para aqueles entregar suas vidas ao Senhor e servi-Lo, mudar suas vidas, praticamente todos na sala começamos a orar durante seus compromissos de entrega a Deus e entregando-se a Ele.

Foi um privilegio conhecer alguns deles que tendo cumprido suas sentenças não queriam voltar para as ruas preferindo ficar na prisão fazendo-a de seus lares, um lugar que eles poderiam crescer em sua nova vida e ajudar aos outros a começar este processo. Foi uma experiência maravilhosa para nós e é verdade que aqueles que vivem na dimensão do reino de Deus participam de fato em outra dimensão juntos no milagre de ver vidas humanas arruinadas sendo restauradas dia após dia, de fato isto é a coisa mais natural de todas.

Terminamos nosso tempo na Guatemala compartilhando na Igreja de Sergio Enriquez, pastor que é mais que hospitaleiro conosco e que coopera o tanto quanto possível para ajudar nosso próprio pastor, Hose Gomez encontrar seu caminho diante de tantas necessidades que ele tem que enfrentar todos os dias cuidando de 600 crianças.

A segunda parte da jornada foi em Miami onde nossos colegas Ango e Elaina reuniram nossos trabalhadores nos EUA para discutir nossos planos futuros naquele país. Um deles é especialmente atrativo e esperamos que se realize . É abrir um retiro numa propriedade de Ontário, Florida perto de uma de nossas casas de reabilitação masculina. Apenas mais um item na lista de oração e com razão porque temos aprendido que nossos esforços são em vão se o Senhor não estiver conosco.

De Miami fomos a Rochester onde Miguel foi convidado para compartilhar em três dias de conferencia cujo tema era Integridade, um tema muito apropriado nos dias em que vivemos. Na verdade voltamos para casa um pouquinho tristes porque nosso período nos EUA coincidiu com a Guerra no Iraque.

A principio parecia que estávamos num país de conto de fadas, um dos filmes da Disney, mas é impossível deixar de perceber a realidade desse país. É materialista como nenhum outro, consumista sem pensar duas vezes, com freqüência as custas de outras nações mais fracas que eles nunca permitem que cresçam e se desenvolvam. Este é um país que tem infligido guerras e desestabilizando outras nações para seu próprio poder enquanto que em casa é impossível não perceber a decadência na religião, política, moral e na família. As verdadeiras razões da guerra foram muito pouco claras e apesar de nobres palavras isso tem a ver com ganhos financeiros e territoriais.

Se você passar nos EUA você facilmente pode pensar que chegou num paraíso terreno onde honra, fé, patriotismo, coragem, e a falta de resistência ao mundo reina completamente, mas não é assim. Essas não passam de estratégias e como o eleitorado entende bem essa língua, isso vem disfarçado de evangelho de Jesus Cristo. Qualquer um pode dizer que a palavra Hipocrisia é totalmente inadequada e insuficiente.

Assim encerrando da Espanha, onde esperamos o reino de nosso Senhor, que sozinho reinará em Justiça e paz, continuamos a fazer o melhor que podemos com a pequena força que temos, não obstante confiamos na força de Cristo e levando seu pendão avante, no padrão de Jesus.

Sinceramente, não mais que jumentos que carregam Jesus,

Miguel e Maria Jimenez Diez.

de Remar Internacional Espanha.

 

E-mail: Miguel Diez